Está terminando a primeira etapa da construção de seis prédios que vão abrigar, ainda este ano, a Escola Família Agrícola (EFA). Resultado da parceria entre a Prefeitura e o Território da Cidadania do Alto Rio Pardo, a EFA está sendo erguida em terreno da antiga Fazendinha, às margens da rodovia Taiobeiras/Salinas e significa investimentos de R$ 620 mil para beneficiar toda a microrregião.
A EFA é uma escola diferente das tradicionais. Nela o aluno estuda por um determinado período em regime de internato. Noutro período, volta para a casa dos pais para colocar em prática o que aprendeu. Esse sistema é chamado de “regime de alternância”. Ela chega para suprir uma carência, que é o ensino voltado para os filhos do homem do campo, além da já conhecida “Escola Agrícola”, com metodologia específica e paralela ao chamado “ensino regular”. Enquanto a escola tradicional tem a pretensão de formar o estudante para o vestibular e, consequentemente, para o mercado de trabalho urbano, a EFA busca a formação para a continuidade da tradição rural da família. Isso sem deixar de lado o principal do ensino regular, que são as disciplinas básicas.
Esse movimento de escolas rurais em regime de alternância nasceu num vilarejo da França, em 1935, por iniciativa de três agricultores e de um padre. Tentando uma forma diferente e agradável, eles inventaram uma escola com método de ensino e funcionamento totalmente diferente das outras escolas. No início eram apenas quatro alunos. No ano seguinte já foram 17 e o número se multiplicou com a mesma intensidade da fama da nova escola, ganhando um ritmo mais acelerado após a Segunda Guerra Mundial.
A partir dos anos 60 e 70 esse modelo de escola ganhou o mundo, se estabelecendo com sucesso na Itália, Espanha, Portugal e depois para os continentes africano, norte e sul-americano. No Brasil o sistema pedagógico de alternância teve início em 1968 e a partir da década de 70 se espalhou por todos os estados.
Hoje já são cerca de 200 EFAs em funcionamento, beneficiando aproximadamente 20 mil alunos. Outras 40 unidades estão em fase de construção, incluindo a do Alto Rio Pardo, em Taiobeiras. As EFAs já formaram mais de 50 mil alunos em nosso país e quase 70 por cento deles permanecem no meio rural, desenvolvendo seu próprio empreendimento junto às suas famílias.
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